segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Se...

*Um post rápido, uma vida efêmera, uma manhã de céu nublado... *

Hoje eu acordei pensando: Como seria nossa vida se tivéssemos o poder de mudar o passado? É incrível como ÍNFIMOS atos têm o poder de mudar sua vida para sempre sem que você perceba. E quando recordamos deste vil momento, surge a pergunta que nos assombrará até o fim de nossos dias: "E se eu tivesse agido diferente?". São esses pequenos atos que traçam nosso destino, e que têm o poder dar um rumo diferente no decurso de nossas vidas. Nós seres humanos temos poderes inefáveis de que não tiramos proveito. Nós temos o livre-arbítrio, temos poder sobre o nosso destino. Este poder de ser independente de uma "força maior" não é de todo ruim, mas também não é completamente bom, pois nos torna responsáveis não só pelo nosso sucesso, mas também pelo nosso fracasso. E nós, na condição de seres humanos, com 90% de cérebro animal inutilizado, acometidos pelo egoísmo natural e inerente, tendemos a errar na maioria das vezes. Os erros na verdade, são etapas do amadurecimento e muitas vezes são irreparáveis, como é o caso de ex-colega meu de ensino médio, que teve uma morte trágica e precoce na madrugada de domingo(24/10). Fico pensando nas conjeturas com as quais os pais dele devem estar se atormentando(lembro de tê-los conhecido, era uma família de pessoas de bem - algo de que eu me orgulho:a facilidade que eu tenho em saber o caráter das pessoas ao primeiro contato.) "E se eu tivesse ido com ele?", "E se eu estivesse dirigindo?", "E se eu não tivesse dado o carro pra ele?"... Este "SE" vai acompanhá-los para sempre, porque é natural tendencioso as pessoas se culparem pelo mal que acometeu-se sobre alguém que elas amam pelo simples fato de achar que esse "poder" de escolher os próprios caminhos, também vale para com o das pessoas queridas, de modo que elas irão sempre achar que poderiam ter interferido de alguma maneira com o mais simples dos atos... "Filho, deixa que eu vou te buscar...", "Filho, não saia de carro hoje.", "Querido, vou esconder a chave do seu carro porque sei que vc vai beber.". É inevitável que as pessoas se martirizem com essa dúvida porque elas se comprazem ao imaginar que a pessoa querida ainda estaria entre elas, e que tudo poderia ter sido diferente... É um tipo de resiliência, e por mais fortes que as pessoas sejam, o vazio deixado pela perda jamais será preenchido. 


A vida é deveras muito frágil, todo e qualquer segundo vivido é uma possibilidade de morrer. Todo o ar que vc inspira, tem 50% de chance de ser o último caso vc opte por entrar em uma câmara de gás(sem saber que está se dirigindo à uma, evidentemente.) ao invés de seguir a estrada de tijolos amarelos que levaria Dorothy de volta para a casa. Dorothy foi esperta em querer voltar pra casa, imagine viver da imaginação pelo resto da vida? Bem, haveria o bônus e o ônus... Ou não... Há fortes controvérsias.

Vou reeditar este post depois, por hora eu tenho que ir trabalhar(duvido que eu tenha saco de voltar a escrever depois de perder o fio da meada...enfim).

Ósculos e amplexos a todos!
J.




Um comentário:

Yon disse...

Liberdade, sempre podemos escolher o caminho, mas não as consequencias;verdade seja dita: muitas coisas podem ser evitadas com cautela e cuidado! Ainda assim nunca estaremos totalmente a salvo.Como dizia Raul Seixas: "a morte caminha ao meu lado e eu não sei em que esquina ela vai me beijar." ótimo texto Juliana, parabéns!